Utilize este identificador para referenciar este registo:
http://hdl.handle.net/10400.5/100059
Título: | Violência Obstétrica: as percepções de profissionais de saúde |
Autor: | Rocha, Vanessa Alexandra Esteves |
Orientador: | José Manuel Peixoto Caldas |
Palavras-chave: | Direitos Humanos; Profissionais de Saúde; Saúde da Mulher; Violência Obstétrica; Health Professionals; Human Rights; Obstetric Violence; Women’s Health. |
Data de Defesa: | 11-Nov-2024 |
Resumo: | A violência contra a mulher, apresenta várias faces e há um tipo que tem vindo a ganhar visibilidade dentro das maternidades: a violência obstétrica. Ao ponto de ser considerado actualmente, um problema de saúde pública. Nas suas múltiplas dimensões, a violência obstétrica traduz-se na perda de autonomia das mulheres num momento de importância crucial das suas vidas sendo, por isso, necessário contribuir para a visibilização deste fenómeno e para o reconhecimento dos direitos das mulheres no contexto da gravidez e do parto. O objetivo desta pesquisa foi identificar e analisar os significados atribuídos à violência obstétrica por médicos e enfermeiros que atuam tanto na rede pública e/ou privada de assistência ao parto. Metodologicamente, optou-se por uma pesquisa social do tipo estratégica, de natureza qualitativa. Os dados foram recolhidos por meio de entrevistas semiestruturadas com 10 profissionais (médicos e enfermeiros). O material proveniente das entrevistas foi analisado por meio da análise de conteúdo segundo o modelo de Bardin, e da qual emergiram três categorias temáticas. A primeira, “Humanização da assistência à parturiente”, os profissionais relataram o significado e as práticas de humanização da assistência ao parto. A segunda, “Vivências da violência obstétrica”, diz respeito aos significados da violência, suas manifestações, sendo o cuidado indigno, abuso físico, cuidado não confidencial e a discriminação os mais expressivos para a ocorrência desses atos. A terceira, “Conhecimento sobre o período gravídico-puerperal”, os participantes relataram a falta de conhecimento das parturientes sobre a gestação, parto e puerpério, além da ineficácia do pré-natal para preparar as gestantes para o parto. O estudo contribuiu para uma melhor compreensão dos significados atribuídos à violência obstétrica e forneceu elementos para que ações concretas relacionadas a essa questão possam ser consideradas na elaboração de políticas públicas para defrontação deste fenómeno e melhoria da qualidade da assistência à parturiente. Violence against women has many faces and there is one type that has been gaining visibility in maternity hospitals: obstetric violence. It is now considered a public health problem. In its multiple dimensions, obstetric violence translates into a loss of autonomy for women at a crucial moment in their lives, which is why it is necessary to contribute to making this phenomenon visible and to recognizing women’s rights in the context of pregnancy and childbirth. The aim of this research was to identify and analyze the meanings attributed to obstetric violence by doctors and nurses working in both the public and private childbirth care networks. Methodologically, it was decided for strategic social research of a qualitative nature. Data was collected through semi-structured interviews with 10 professionals (doctors and nurses). The information from the interviews was analyzed using content analysis according to Bardin’s model, conceiving three thematic categories. The first, “Humanization of care for parturient women”, the professionals reported on the meaning and practices of humanizing childbirth care. The second, “Experiences of obstetric violence”, refers to the meanings of violence, its manifestations, with unworthy care, physical abuse, non-confidential care and discrimination being the most expressive for the occurrence of these acts. The third, “Knowledge about the pregnancy and puerperium period”, participants reported a lack of knowledge among parturients about pregnancy, childbirth, and the puerperium, as well as the ineffectiveness of prenatal care in preparing pregnant women for childbirth. The study contributed to a better understanding of the meanings attributed to obstetric violence and provided support so that concrete actions related to this issue can be considered when drawing up public policies to tackle this phenomenon and improve the quality of care for parturient women. |
Descrição: | Dissertação para obtenção de grau de Mestre Em Sociedade, Risco e Saúde |
URI: | http://hdl.handle.net/10400.5/100059 |
Aparece nas colecções: | ISCSP - Trabalhos Finais de Mestrado |
Ficheiros deste registo:
Ficheiro | Descrição | Tamanho | Formato | |
---|---|---|---|---|
Dissertação - Vanessa Alexandra Esteves Rocha.pdf | 3,43 MB | Adobe PDF | Ver/Abrir Acesso Restrito. Solicitar cópia ao autor! | |
Resumo e Abstract - Vanessa Alexandra Esteves Rocha.pdf | 272,4 kB | Adobe PDF | Ver/Abrir Acesso Restrito. Solicitar cópia ao autor! |
Todos os registos no repositório estão protegidos por leis de copyright, com todos os direitos reservados.