Utilize este identificador para referenciar este registo: http://hdl.handle.net/10451/64975
Título: Instabilidade do primeiro raio. Qual a sua origem? Um estudo anatómico
Autor: Andrade, Mário José Lopes
Orientador: Flores, Francisco
Oliveira, Pedro
Palavras-chave: Hallux valgus
Hipermobilidade do primeiro raio
Cadáver
Anatomia
Ortopedia
Data de Defesa: Jul-2023
Resumo: Hallux valgus constitui a deformidade mais frequente do antepé e caracteriza-se por um desvio medial do primeiro metatársico (metatarsus primus varus) e desvio lateral do primeiro dedo. É uma patologia complexa que compreende várias deformidades. Como consequência desta diversidade e complexidade, foram já descritos mais de 150 procedimentos cirúrgicos para o seu tratamento. A sua etiologia compreende diversos fatores, sendo que alguns são universalmente aceites e outros mantêm-se controversos. Um destes exemplos é a hipermobilidade do primeiro raio. No nosso estudo, colocamos a hipótese de que a instabilidade no plano sagital está associada à instabilidade no plano axial. Esta é inerente ao hallux valgus e à instabilidade sagital. Assim o objetivo deste estudo é avaliar a contribuição de diferentes estruturas anatómicas que atuando no primeiro metatársico conferem a estabilidade do primeiro raio. Para o nosso estudo utilizamos cadáveres frescos congelados, gentilmente cedidos pelo Instituto de Anatomia da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa. Nestes cadáveres aplicamos uma força horizontal e uma sagital no primeiro raio e sequencialmente, seccionamos estruturas que atuam sobre o primeiro metatársico (cápsula articular cuneo-metatársica, tendão longo peroneal, cápsula articular metatarsofalângica, tendão adutor do hálux, ligamento intermetatársico e fáscia plantar). Em seguida mediu-se a deformidade daí resultante, respetivamente, nos planos axial (A) e sagital (S) de forma a avaliar o seu efeito estabilizador. Quer no plano axial, quer no plano sagital as estruturas distais demonstram serem as mais relevantes na estabilização do primeiro raio, fáscia plantar (A-25,15%, S-28,4%) e ligamento intermetatársico (A-56,21%, S-22,43%). Os protocolos de tratamento são questionados quanto à artrodese cuneo-metatársica, devido à baixa relevância da articulação cuneo-metatársica (A-7,34%, S-11,50%). O estudo deixa boas perspetivas para uma melhor compreensão da hipermobilidade do primeiro raio e do seu impacto no hallux valgus, perspetivando que com uma amostra maior, se consiga obter relevância clínica e científica.
Hallux valgus is the more common forefoot deformity and it’s characterized by a medial deflection of the first metatarsal (metatarsus primus varus) and a lateral deflection of first toe. It’s a complex pathology that embraces numerous deformities. As a result of this diversity and complexity have already been described more than 150 surgical procedures for is treatment. His etiology has many factors, some of them accepted universally and others remain controversial. One of those examples is the hypermobility of the first ray. The hypothesis of our study is that instability of sagittal plane is associated with instability of axial plane and is intrinsic to hallux valgus and sagittal instability. The goal of our study is to measure the contribution of different anatomical structures that grant stability to first metatarsal. We used fresh frozen cadaveric specimen, kindly transferred by the Anatomy Institute of Lisbon’s University, Faculty of Medicine. On those cadaveric specimens we applied a horizontal and sagittal strength on first ray and sequentially we had cut structures that act on first metatarsal (metatarsocuneiform joint capsule, peroneus longus tendon, first metatarsophalangeal joint capsule, adductor hallux tendon, deep transverse intermetatarsal ligament and plantar fascia). Respectively we measure the consequent deformity in axial and sagittal planes looking to evaluate stabilizer effect. The distal structures were demonstrated to be more relevant on first ray stabilization in both planes. Plantar fascia (A-25,15%, S-28,4%) and deep transverse intermetatarsal ligament (A-56,21%, S-22,43%). The protocols are questioned when we talk about metatarsocuneiform joint arthrodesis, due to metatarsocuneiform joint low relevance on first ray hypermobility (A-7,34%, S-11,50%). Our study gives us good prospects for a better understanding of first ray hypermobility and its impact on hallux valgus, envisioning that with a bigger sample we could achieve clinic and scientific impacting results.
Descrição: Trabalho Final do Curso de Mestrado Integrado em Medicina, Faculdade de Medicina, Universidade de Lisboa, 2023
URI: http://hdl.handle.net/10451/64975
Designação: Mestrado Integrado em Medicina
Aparece nas colecções:FM – Trabalhos Finais de Mestrado Integrado

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