Utilize este identificador para referenciar este registo: http://hdl.handle.net/10451/61570
Título: Estudos sobre cidades e alterações climáticas
Autor: Alcoforado, Maria Joao
Andrade, Henrique
Lopes, António
Oliveira, Sandra
Fragoso, Marcelo
Lombardo, Magda
Matzarakis, Andreas
Palavras-chave: Cidades
Alterações climáticas
Data: 2008
Editora: Centro de Estudos Geográficos, Universidade de Lisboa
Citação: Alcoforado, Maria João, Andrade, Henrique, Lopes, António, Oliveira, Sandra, Fragoso, Marcelo, Lombardo, Magda, & Matzarakis, Andreas. (2008). Estudos sobre cidades e alterações climáticas. Centro de Estudos Geográficos da Universidade de Lisboa. Área de Investigação em Geo-Ecologia. ISBN: 978-972-636-180-0
Relatório da Série N.º: Geo-Ecologia;
Resumo: Num momento, em que todas as atenções se viram para as alterações climáticas do planeta, discute-se, neste texto, as relações entre as modificações do clima ditas “globais” e aquelas que ocorrem no espaço urbano. Em Portugal, em 2005, as áreas urbanas concentravam 57.6% da população prevendo-se que, em 2020, essa percentagem atinja 66.4%. São primeiro sucintamente apresentadas as principais conclusões do IPCC (Intergovernmental Panel on Climate Change, 2007), referentes às previsões de variação climática para 2100, em função de diversos cenários, realçando as variações de temperatura. Prevêem-se acréscimos de temperatura entre 1,8 e 4ºC até 2100, modificações substanciais nos regimes de precipitação e na sua distribuição espacial, na frequência de ocorrência de episódios meteorológicos extremos (vagas de calor e de frio, precipitações intensas, secas prolongadas), assim como a subida do nível do mar. Detalhando a escala de análise, apresentam-se os resultados do projecto SIAM (Scenarios, Impacts and Adaptation Measures, Santos et al., 2006), em que é feito, por um lado, o downscaling das previsões para Portugal, também sob diferentes cenários e, por outro, são tratados os impactes das alterações climáticas previstos na agricultura, na saúde, no consumo de energia, nas áreas costeiras, nos recursos hídricos, etc. Numa escala de análise de maior detalhe, as mudanças climáticas impostas pelo meio urbano são igualmente reais: modificação dos balanços radiativo e energético, aumento da temperatura das superfícies e do ar (Ilha de calor – IC), diminuição da velocidade média do vento (embora com a ocorrência de acelerações e turbilhões indesejáveis), aumento da poluição atmosférica, diminuição da visibilidade e, mesmo em certos casos, aumento da precipitação convectiva. Neste texto, trata-se sobretudo do problema de excesso de carga térmica e de poluição atmosférica, que ocorre em meio urbano e que tem impactes evidentes sobre a saúde, o conforto e as actividades dos citadinos. É discutida a relação complexa entre o aquecimento urbano e o aquecimento dito global (AG), fenómenos de escala e natureza muito diferentes. Contudo, a acumulação dos efeitos térmicos a diferentes escalas, nas áreas urbanas, faz temer que estas venham a sofrer impactes particularmente graves; por exemplo, em Londres, nas noites de Verão, a IC pode acrescentar 5º a 6º C ao aquecimento esperado. Os problemas ambientais associados às cidades estão a ser incrementados pela expansão da área urbanizada e pelo crescimento dos rendimentos dos citadinos. E, em certas cidades, já se verificam incrementos térmicos semelhantes aos esperados a nível “global” para daqui a várias dezenas de anos (Grimmond, 2006). Por isso, apesar das incertezas inerentes à variação espacial das alterações climáticas, é toda a urgência o estudo das alterações do clima em curso nas cidades, dos impactes que poderão ter e das medidas de adaptação a adoptar para minimizar os seus efeitos negativos e tirar partido das suas potencialidades, contribuindo para a sustentabilidade urbana, uma vez que estas são particularmente vulneráveis devido à elevada densidade populacional, à grande percentagem de população idosa e de baixo nível sócio-económico. O ordenamento urbano é o factor chave para reduzir os impactos e potenciar os aspectos positivos das alterações climáticas. São enumeradas, na parte final, diversas “boas práticas” de adaptações às alterações climáticas, levadas a cabo em diversos locais do globo, desde o Japão, ao Reino Unido e à Austrália e Portugal.
Peer review: no
URI: http://hdl.handle.net/10451/61570
ISBN: 978-972-636-180-0
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