The earliest Upper Paleolithic of Southern and Western Iberia is an Evolved, not an Early Aurignacian

Abstract

During the last twenty years, the debate about the transition of the Middle to the Upper Palaeolithic in the Iberian Peninsula has been centered around four main questions: the entity and chronology of the Châtelperronian of the Cantabrian region and Catalonia; the existence of a Late Mousterian to the south and west of the Ebro depression; the existence of an Aurignacian phase in the Upper Palaeolithic of the later regions. Our archaeological works in the Iberian Southeast (Valencia and Murcia) and the Centre of Portugal points to the replacement of the Mousterian by the Evolved Aurignacian between 37,100 and 36,500 calBP (IntCal13 curve calibration). Recent publications about Cueva de Bajondillo (Andaluzia) and Lapa do Picareiro (Centre of Portugal) have contested the model. However, as we will show, thorough analysis of the stratigraphy of these sites and of their archaeological remains support the model rather than calling it into question.

Nos últimos vinte anos, o debate sobre a transição do Paleolítico Médio ao Superior na Península Ibérica tem incidido sobre quatro questões principais: a entidade e cronologia do Castelperronense da faixa cantábrica e da Catalunha; a datação e faseamento do Aurignacense cantábrico; a existência de um Moustierense tardio nas regiões para sul e oeste da depressão do Ebro; a existência de uma fase aurignacense no Paleolítico Superior inicial dessas regiões. Os dados que temos recolhido em trabalhos trabalhos arqueológicos no Sudeste espanhol (Valencia e Murcia) e centro de Portugal apontam para uma substituição do Moustierense pelo Aurignacense evoluído entre 37.100 e 36.500 calBP (calibração com a curva IntCal13). Publicações recentes sobre Cueva Bajondillo (Andaluzia) e Lapa do Picareiro (Centro de Portugal) vêm pôr em causa este modelo. Contudo, como demonstraremos, uma interpretação rigorosa do registo estratigráfico e do material arqueológico não só não permitem contestar o modelo, como ainda o reforçam.