Utilize este identificador para referenciar este registo: http://hdl.handle.net/10451/45959
Título: Banksy’s multimodal representations : a cultural-rhetorical-cognitive analysis
Autor: Arantes, Rita de Cássia Bastos
Orientador: Almeida, Maria Clotilde de
Furtado, Rodrigo Miguel Correia
Palavras-chave: Banksy, 1974- - Crítica e interpretação
Arte de rua
Arte - Aspectos sociais
Arte e política
Comunicação visual e arte
Metáfora
Teses de doutoramento - 2020
Data de Defesa: 24-Jun-2020
Resumo: This doctoral thesis consisted of a cultural-rhetorical-cognitive approach to the work of the English street artist Banksy and in particular of his graffiti. By examining the aesthetics and function of Banksy’s graffiti in both street and contemporary art, this study has shown that Banksy’s graffiti differ from traditional graffiti in three aspects. First, Banksy’s graffiti created a new environment for street art on the contemporary art circuit. Second, Banksy’s graffiti enhanced the function of self-expression art, attributed to traditional graffiti, and became a means communication media used by the artist to comment, reinterpret, and criticise socio-political issues that have occurred worldwide. Third, Banksy’s graffiti came to appear as ‘creative weapons’ in the artist’s social-political activism. Regarding the name BANKSY, this study has demonstrated that in addition to being the authorial figure reference of the anonymous and most famous street artist today, it has simultaneously played an 'agency' role in the context of street art. In this study, it was also delimitated Banksy's artistic phases between the years 1993 and 2018, based on the growth of his artistic ethos and the pathos he awoke in his audience. Finally, this thesis presented a multimodal cognitive analysis of eleven selected Banksy’s graffiti, which represent each of the fronts of the artist’s socio-political activism, demonstrating, in the context of cognitive linguistics, some plausible interpretations of the visual metaphorical representations of these graffiti. For the construction of the theoretical framework, in each chapter, different theories were grouped to compound the basis of analysis. In the first chapter, theories of cultural studies (HALL, 2005, BARKER; JANE, 2016, BARKER, 2014, STOREY, 2015 and BARNARD, 1998) were associated with theories of communication and media (MCLUHAN, 1951/2001, 1964 / 2015, 2005, MCLUHAN; FIORE, 1967,1968, MCLUHAN; POWERS, 1989) to inscribe Banksy's graffiti within the context of popular culture and characterise them as media of communication. In the second chapter, Michel Foucault's (1977) reflections on authorship and Anthony Giddens's (1984) concept of ‘agency’ were brought together to characterize the name BANKSY as an authorial figure, within the scope of contemporary art, and ‘agent’ in the field of street art. Additionally, from Guy Deboard’s (2002) discussion of ‘spectacle agent’, Banksy’s anonymity was qualified as a means of guaranteeing his freedom of creation. In the third chapter, the Aristotelian canons ethos and pathos (KENNEDY, 1991) were used to locate the rhetorical resources Banksy used throughout his career and to define his artistic phases. Finally, in the fourth chapter, the association of Charles Forceville's theory of multimodal metaphors (1994, 1996, 2008, 2009, 2012, 2016 and 2017), with the concept of irony by D.C. Muecke (1980), and the study of visual intertextuality by Eduardo Cintra Torres (2015) converged to form the theoretical framework used in the multimodal cognitive analysis of eleven selected Banksy’s graffiti. This analysis revealed that Banksy's aesthetics assumes a configuration of 'artistic weapons' against the capitalist hegemony of the globalized world and, at the same time, it inspires and contributes to expanding his audience’s social-political awareness, at a ‘glocal’ level.
Esta tese doutoral constituiu-se de uma abordagem cultural-retórica-cognitiva da obra do artista de rua inglês Banksy e em particular dos seus grafites. Ao examinar a estética e a função dos grafites de Banksy no âmbito da arte de rua e da arte contemporânea, este estudo mostrou que eles diferem das formas e dos objetivos dos grafites tradicionais em três aspetos. Primeiramente, os grafites de Banksy criaram um novo ambiente para a arte de rua no circuito da arte contemporânea. Em segundo lugar, os grafites de Banksy aprimoraram a função de arte de autoexpressão, atribuída aos grafites tradicionais, e se transformaram em meios de comunicação usados pelo artista para comentar, reinterpretar e criticar questões sociopolíticas ocorridas em várias partes do mundo. Por fim, os grafites de Banksy passaram a figurar como armas criativas no ativismo sociopolítico do artista a nível global. Relativamente ao nome BANKSY, este estudo demonstrou que para além de ser o referente autoral do artista de rua anônimo e mais famoso da atualidade, ele também tem desempenhado, simultaneamente, um papel de 'agência' no contexto da arte de rua. Neste estudo também foram definidas as fases artísticas de Banksy compreendidas entre os anos de 1993 e 2018, a partir do desenvolvimento do seu ethos artístico e do pathos que ele despertou em seus diversos públicos. Por fim, esta tese apresentou as análises cognitivas multimodais de onze grafites selecionados, que representam cada um dos frontes do ativismo sociopolítico de Banksy, demostrando, no contexto da linguística cognitiva, algumas possíveis interpretações das representações metafóricas visuais desses grafites. Para a construção do aporte teórico, em cada capítulo foram agrupadas diferentes teorias de acordo com cada problematização proposta. No primeiro capítulo, associou-se as teorias dos estudos culturais (HALL, 2005, BARKER; JANE, 2016, BARKER, 2014, STOREY, 2015 e BARNARD, 1998) às teorias de comunicação e média (MCLUHAN, 1951/2001, 1964/2015, 2005, MCLUHAN; FIORE, 1967,1968, MCLUHAN; POWERS, 1989) para inscrever os grafites de Banksy no contexto de cultura popular e caracterizá-los como meio de comunicação. No segundo capítulo, reuniu-se as reflexões de Michel Foucault (1977) sobre autoria e o conceito de ‘agência’ de Anthony Giddens (1984) para caracterizar o nome BANKSY como figura autoral, no âmbito da arte contemporânea, e ‘agente’ na seara da arte de rua. Adicionalmente, a partir da discussão de Guy Deboard (2002) sobre o ‘agente do espetáculo’, o anonimato de Banksy foi qualificado como um meio de garantir a sua liberdade de criação. No terceiro capítulo, foram utilizados os cânones Aristotélicos ethos e pathos (KENNEDY, 1991) para localizar os diferentes recursos retóricos utilizados ao longo de sua carreira a fim de definir as suas fases artistas. Por último, a associação da Teoria da Metáfora Multimodal de Charles Forceville (1994, 1996, 2008, 2009, 2012, 2016 e 2017), ao conceito de Ironia de D.C. Muecke (1980) e ao estudo sobre Intertextualidade Visual de Eduardo Cintra Torres (2015) convergiu para formar o frame teórico utilizado nas análises cognitivas multimodais dos dez grafites selecionados. Estas análises evidenciaram que a estética banksyana assume uma configuração de 'arma artística' contra a hegemonia capitalista do mundo globalizado e, ao mesmo tempo, consegue inspirar e contribuir para que seus públicos, a nível ‘glocal’, expandam suas consciências sociopolíticas.
URI: http://hdl.handle.net/10451/45959
Designação: Doutoramento em Estudos de Cultura
Aparece nas colecções:FL - Teses de Doutoramento

Ficheiros deste registo:
Ficheiro Descrição TamanhoFormato 
ulfl278334_td.pdf254,89 MBAdobe PDFVer/Abrir


FacebookTwitterDeliciousLinkedInDiggGoogle BookmarksMySpace
Formato BibTex MendeleyEndnote 

Todos os registos no repositório estão protegidos por leis de copyright, com todos os direitos reservados.