Utilize este identificador para referenciar este registo: http://hdl.handle.net/10451/42819
Título: Diagnóstico imagiológico e terapêutica da pancreatite aguda
Autor: Silva, António Maria Gama da
Orientador: Gonçalves, Afonso Vieira
Palavras-chave: Pancreatite aguda
Pancreatite necrotizante
Necrosectomia pancreática
Tomografia computadorizada
Radiologia de intervenção
Imagiologia
Data de Defesa: 2019
Resumo: A pancreatite aguda (PA) define-se como a inflamação aguda do parênquima pancreático e dos tecidos circundantes. Os seus sintomas típicos são a dor epigástrica e periumbilical acompanhada frequentemente de náusea, vómitos e distensão abdominal. A pancreatite aguda classifica-se em duas formas: intersticial ou ligeira e necrotizante ou grave. O gold standard para o diagnóstico imagiológico desta doença é, quando necessário, a Tomografia Computorizada (TC) com contraste endovenoso. A pancreatite intersticial caracteriza-se em TC por uma captação homogénea do pâncreas enquanto que na pancreatite necrotizante se visualiza heterogeneidade e hipodensidade típicas do tecido necrótico e isquémico. A ecografia abdominal também desempenha um papel relevante no diagnóstico da PA por ser geralmente o primeiro método de imagem que se realiza no serviço de urgência. Como o pâncreas é de difícil visualização, a ecografia é sobretudo útil para excluir outros diagnósticos diferenciais e para evidenciar dilatação das vias biliares ou litíase biliar, umas das principais causas de PA. A Ressonância Magnética reserva-se geralmente para casos de dúvida diagnóstica ou de contraindicações ao contraste iodado usado na TC. A pancreatite intersticial tem geralmente resolução espontânea sem sequelas ou complicações. Por outro lado, a pancreatite necrotizante pode ter várias complicações locais e sistémicas que advêm, sobretudo, da presença de tecido necrótico infetado. Estas coleções necróticas requerem tratamento, que pode ser cirúrgico ou por drenagem guiada por métodos de imagem. As técnicas de drenagem minimamente invasiva por via percutânea ou endoscópica demonstraram uma menor taxa de mortalidade relativamente à necrosectomia clássica por cirurgia aberta. Embora a principal preocupação nos casos de pancreatite aguda seja a necrose infetada, a profilaxia antibiótica não está recomendada pois não se traduz numa redução significativa da taxa de mortalidade nem da taxa de necrose infetada.
Acute pancreatitis (AP) is defined as an acute inflammation of the pancreatic parenchyma and its surrounding tissues. Its main symptoms are epigastric and periumbilical pain, frequently associated with nausea, vomiting and abdominal distension. There is a distinction to be made between the mild interstitial oedematous form of AP and its severe necrotizing form. The gold standard in terms of imaging diagnosis is contrast-enhanced Computed Tomography (CT). Interstitial oedematous pancreatitis is visualized as a homogenous pancreatic enhancement while necrotizing pancreatitis is defined as a lack of parenchymal enhancement in certain areas characteristic of ischemic necrotic tissue. Abdominal ultrasound also plays an important role in the diagnosis of AP because it is usually the first imaging method to be performed in the emergency room. Since it is somewhat difficult to visualize the pancreas in an abdominal ultrasound, this exam is mostly useful to rule out other diagnostic possibilities and check for dilated bile ducts and biliary lithiasis, one of the most common causes of AP. Magnetic resonance imaging (MRI) is usually reserved for doubtful cases or contraindications to the use of iodinated contrast required for the CT. Interstitial pancreatitis generally resolves spontaneously. On the other hand, necrotizing pancreatitis can have several complications both local and systemic, which derive mostly from the presence of infected necrotic tissue. These necrotic collections require treatment, either surgical or image-guided. Percutaneous or endoscopic minimally invasive techniques have demonstrated a lower mortality rate compared with open surgery. Although the main concern in AP is infected necrosis, antibiotic prophylaxis failed to show a reduction in the mortality or infected necrosis rates. Therefore, it is not recommended in AP unless infection is suspected.
Descrição: Trabalho Final do Curso de Mestrado Integrado em Medicina, Faculdade de Medicina, Universidade de Lisboa, 2019
URI: http://hdl.handle.net/10451/42819
Designação: Mestrado Integrado em Medicina
Aparece nas colecções:FM – Trabalhos Finais de Mestrado Integrado

Ficheiros deste registo:
Ficheiro Descrição TamanhoFormato 
AntonioGSilva.pdf1,83 MBAdobe PDFVer/Abrir


FacebookTwitterDeliciousLinkedInDiggGoogle BookmarksMySpace
Formato BibTex MendeleyEndnote 

Todos os registos no repositório estão protegidos por leis de copyright, com todos os direitos reservados.