Utilize este identificador para referenciar este registo: http://hdl.handle.net/10451/40809
Título: Visual estimation of body weight status in adults
Autor: Jorge, Tânia de Jesus
Orientador: Ferreira, Ana Patrícia Diogo Padrão
Carmo, Isabel do, 1940-
Palavras-chave: Estimativa de peso
Índice de massa corporal
Medições antropométricas
Teses de mestrado - 2019
Data de Defesa: 24-Mai-2019
Resumo: Background: Self-reported weight and height are often inaccurate. Self-selected figure from body image scales and its corresponding BMI are often high correlated with measured BMI in adults. Validity on visual estimation of others’ body weight by using body image scales are poorly studied. It might have particular interest in epidemiological studies with high population samples when it is not possible to directly measure weight and height. Aims: To test the ability of trained observers to accurately classify adult individuals by observation regarding weight status and to verify inter-observer concordance Methods: A cross-sectional survey was performed at a laboratory of clinical analyzes from May to June 2018. A sample of 127 adults (over 18 years of age), 70 women and 57 men was included. Data collection on age, weight, height and BMI was done by structured observations (variables in categories) and anthropometric measures. Age and anthropometric measures were compared between sexes using t-test for independent samples (parametric variables). Shapiro-Wilk test was performed to test variables for normality. Sensitivity, specificity and likelihood ratios (positive likelihood and negative likelihood) were assessed to validate the accuracy of estimating obesity or overweight/obesity by trained paired observers. Chi-square tests and Fisher's exact tests were performed to assess the association between correct identification of obese and non-obese individuals and overweight/obese and non-overweight/obese according to the sex of observer, sex of participant and age of participant. Kappa statistic was performed to test inter-observer reliability for estimated height, weight and BMI categories. Results: Less than half (41.4%) of obese individuals (BMI ≥ 30 kg/m2) and 72.8% of overweight/obese participants were correctly identified. Despite the higher sensitivity in estimating overweight, it was 11.5 times more likely to identify obesity than overweight (including obesity) (LR+ = 11.5 and LR+ = 3.4, respectively). Sex of observer, sex of participant and age of participant were shown to be statistically associated with the estimation of obesity and overweight: women observers estimated obesity more accurately than men observers (56.8% vs. 14.3%, p=0.002); overweight men participants were more correctly identified than women participants (80.0% vs. 65.6%, p=0.029); specificity was 100% for non-obese men participants (p = 0.014) and for non-overweight/obese women (p = 0.002). Older age increased sensitivity to detect obesity (from 20.0% for 18U34 years old to 54.2% for 55 years old or more) and slightly decreased sensitivity to detect overweight/obesity (from 79.2% for 18-34 years old to 76.8% for 55 years old or more). Agreement between observers was moderate to substantial for height (κ =0.62), weight estimates (κ = 0.46) and BMI estimates (κ = 0.51). Conclusions: Accuracy of estimated weight status was moderate to low. Nevertheless, observers were able to distinguish normal weight from overweight with high sensitivity and specificity.
O peso é uma medida antropométrica de elevado interesse em estudos epidemiológicos, tanto em estudos de prevalência como em estudos de associação com diversas patologias, mortalidade, custos em saúde, entre outros. Numa altura em que a obesidade é já considerada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como a epidemia do século XXI, (re)conhecer o excesso de peso em nós próprios e nos outros, como por exemplo em filhos, é fundamental para a mudança necessária. Em estudos populacionais é frequente recorrer-se a dados de peso e altura auto- reportados os quais podem ser imprecisos. Os indivíduos tendem a subestimar o peso e superestimar a altura, o que resulta numa subestimação do índice de massa corporal (IMC), a medida mais usada para categorizar o peso dos participantes como baixo peso, peso normal, excesso de peso e obesidade. Quando não é possível medir e pesar diretamente os participantes, especialmente em amostras populacionais grandes onde são necessários muitos recursos físicos e humanos, é questionável se estimar o peso e altura por observação pode ser mais preciso do que as medidas auto-reportadas pelos participantes. O Índice de Massa Corporal (IMC) identificado por classificação da auto-imagem através escalas de imagem corporal tem mostrado ter uma boa correlação com o IMC medido em adultos. A validade da estimativa visual do peso corporal de outros com recurso a escalas de imagem corporal ainda é pouco estudada. A presente dissertação tem como principal objetivo aprofundar o conhecimento sobre a capacidade de observadores treinados em classificar o peso de indivíduos adultos por meio de observação com recurso a escalas de imagem corporal. xi A dissertação divide-se em dois capítulos: o primeiro é uma revisão da literatura existente sobre o uso de escalas de imagem corporal, o uso do peso e altura auto-reportados e o método de estimativa visual do peso; o segundo descreve o estudo experimental desenvolvido para testar a exatidão da estimativa do estado ponderal por observação e verificação da concordância entre observadores. O estudo de desenho transversal realizou-se num laboratório de análises clínicas de maio a junho de 2018 com uma amostragem de 127 adultos (acima de 18 anos de idade), 70 mulheres e 57 homens. Os dados de idade, peso, altura e IMC foram obtidas tanto por meio de estimativas por observações como por medições antropométricas. A idade e as medidas antropométricas foram comparadas entre os sexos pelo teste t-student( para amostras independentes (variáveis paramétricas). O teste de Shapiro-Wilk foi realizado para testar as variáveis quanto à normalidade. A sensibilidade, especificidade e razões de verossimilhança (verossimilhança positiva e verossimilhança negativa) foram calculadas para validação da exatidão das estimativas de obesidade e excesso de peso. Os testes chi-square e o teste de Fisher permitiram avaliar a associação entre a correta identificação de obesidade e excesso de peso e o sexo do observador, sexo do participante e idade do participante. Determinou-se a estatística kappa a fim de testar a concordância entre observadores para a altura, peso e IMC estimados. Os principais resultados do estudo foram: 1. menos da metade (41,4%) dos indivíduos obesos (IMC ≥ 30 kg/m2) e 72,8% dos participantes com excesso de peso/obesidade foram corretamente identificados; apesar da maior sensibilidade em estimar o excesso de peso do que a obesidade, foi 11,5 vezes mais provável identificar obesidade do que excesso de peso (incluindo obesidade) (LR + = 11,5 e LR + = 3,4, respetivamente) / 2. o sexo de observador, sexo do participante e xii idade do participante associaram-se com significado estatístico com a estimativa de obesidade e excesso de peso: as mulheres estimaram a obesidade com maior exatidão do que os homens (56,8% vs. 14,3%, p = 0,002)p os participantes homens com excesso de peso foram mais corretamente identificados do que mulheres participantes (80,0% vs. 65,6%, p = 0,029); a especificidade foi de 100% para homens não obesos (p = 0,014) e para mulheres com excesso de peso (p = 0,002); o aumento de idade aumentou a sensibilidade para detetar a obesidade (de 20,0% para 18U34 anos para 54,2% para 55 anos ou mais) e diminuiu levemente a sensibilidade para detetar o excesso de peso (de 79,2% para 18U34 anos para 76,8% para 55 anos ou mais) / 3. a concordância entre os observadores foi moderada a substancial para a altura (κ = 0,62), peso (κ = 0,46) e IMC (κ = 0,51). Os observadores treinados classificaram o estado ponderal com uma exatidão moderada a baixa. Dado que os observadores foram capazes de distinguir o peso normal do excesso de peso com alta sensibilidade e especificidade, hipotetizámos que a estimativa de peso por observação pode, em determinadas circunstâncias e objetivos de estudo, ser utilizada com eficácia. É necessária mais investigação comparativa entre o peso auto-reportado e o peso estimado por observação com uso de escalas de imagem corporal para compreender se o método de observação pode ser um método mais exato do que o peso auto-reportado.
Descrição: Tese de mestrado, Doenças Metabólicas e Comportamento Alimentar, Universidade de Lisboa, Faculdade de Medicina, 2019
URI: http://hdl.handle.net/10451/40809
Designação: Mestrado em Doenças Metabólicas e Comportamento Alimentar
Aparece nas colecções:FM - Dissertações de Mestrado

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