Utilize este identificador para referenciar este registo: http://hdl.handle.net/10451/35811
Título: Ensinar a avaliar para aprender a aprender : estudo de implicação de alunos do secundário no processo de avaliação
Autor: Medeiros, Laura Maria Barbosa de, 1955-
Orientador: Rodrigues, Pedro, 1958-
Palavras-chave: Teses de mestrado - 2008
Avaliação formativa
Auto-regulação
Avaliação formadora
Data de Defesa: 2008
Resumo: O objectivo fundamental deste estudo é o de compreender como os alunos de duas turmas do 11° Ano do Ensino Secundário se apropriaram de uma prática de avaliação, que os envolve na avaliação para construir a aprendizagem na disciplina de Geografia. Neste projecto foi privilegiada a implicação dos alunos na sua avaliação para estimular uma atitude reflexiva, activa e construtiva, visando uma aprendizagem auto-regulada. Situando-se no âmbito da avaliação formativa, cuja operacionalização se mostra frequentemente problemática, este trabalho inscreve-se numa investigação de tipo "estudo de caso", que acompanhou duas turmas ao longo de um ano lectivo. Esta opção justifica-se uma vez que se procurava identificar e compreender as mudanças nas práticas (e nas concepções) de avaliação-aprendizagem dos alunos nesse contexto. As metodologias de recolha de dados utilizados centraram-se, para além das notas de campo da professora das duas turmas, em documentos e artefactos elaborados pelos alunos, que evidenciam a evolução das suas representações e dos seus comportamentos. Para o tratamento das informações, fez-se a análise de conteúdo inscrita numa perspectiva qualitativa. Situada no contexto real e ecológico (sala de aula, escola), e inscrita no contacto quotidiano directo entre os intervenientes, acompanhámos a intervenção, durante um ano lectivo, com a preocupação de entendermos a implementação da estratégia referida e a dinâmica gerada por esse conjunto integrado de actividades de avaliação e de aprendizagem, que suponha desenvolver nos alunos competências e práticas avaliativas estruturantes da aprendizagem. De facto, os alunos planificavam os projectos de trabalho e organizavam o estudo definindo objectivos, critérios de avaliação e, até, construindo instrumentos de avaliação. O estudo revela uma mudança na elaboração dos objectivos, critérios e instrumentos de avaliação que configuram mudanças na própria aprendizagem. Esta mudança, esta aprendizagem no campo da avaliação, leva tempo e exige prática e reflexão na prática, ou seja, um trabalho específico sobre a própria avaliação, que, como tudo, se aprende fazendo. Em conclusão se toda a actividade é (formal ou informalmente) "monitorizada" pela avaliação, também a aprendizagem é por ela (auto)regulada, pelo que a aquisição de competências de aprendizagem parece indissociável do desenvolvimento de competências de avaliação. De facto, é pensando a (ou em relação com a) avaliação que os alunos pensam a aprendizagem (o que devem realizar e produzir). Se nos pusermos no lugar do aluno, desenvolver a sua autonomia na aprendizagem implicará a sua emancipação no plano da avaliação e isto exige a sua implicação (ou participação plena) no processo de avaliação (formativa). Avaliar para aprender requer aprender para avaliar.
L'objectif fondamental de cette étude, c'est de comprendre comment les élèves de deux classes du le Cycle du Lycée ont acquis une pratique d'évaluation, qui les implique dans l'évaluation à fin de construire leur apprentissage, dans un cours de Géographie. Dans ce projet, on a priviligié l'implication des élèves dans leur évaluation pour stimuler une attitude réflechie, active et construtive, en envisageant un apprentissage auto-régulateur. Situé dans le cadre de l'évaluation formative, qui souvent se montre problématique ,ce travail s'inscrit dans une recherche d'étude de cas qui a suivi deux classes pendant une année scolaire. Cette option se justifie, une fois, qu' on cherchait identifier et compreendre les changements dans les pratiques (et dans les conceptions) d'évaluation - apprentissage des élèves dans ce contexte. Les méthodologies de recherche de données utilisées se sont centrées,outre les notes du professeur des deux classes, en des documents et des artefacts élaborés par les élèves qui montrent l'évolution de leurs représentations et comportements. Pour le traitement de l'information, on a fait l'analyse de contenu inscrite dans une perpective qualitative. Située dans un contexte réel et écologique (salle de classe/ école) et inscrite dans le contact quotidien direct entre les. intervenants, on a suivi l'intervention, pendant une année scolaire, avec la préoccupation de comprendre la forme d'implémentation de la stratégie mentionnée et la dynamique engendrée par cet ensemble intégré d'activités d'évaluation et d'apprentissage. Cette etude développe dans les élèves des compétences et des pratiques d'évaluation qui struturent l'apprentissage. Effectivement, les élèves planifiaient les projets de travail et ils organisaient l'étude en déterminant les objectifs, les critères d'évaluation, et même,en construisant des instruments d'évaluation. L'étude montre un assez important changement dans l'élaboration des objectifs, des critères et des instruments d'évaluation qui configurent des changements dans l'apprentissage lui-même. Ce changement, cet apprentissage dans le cadre de l'évaluation, prit du temps et exige pratique et beaucoup de réflexion dans la pratique, c'est à dire, un travail spéficique sur l'évaluation elle-même que, comme tout, on apprend en faisant. En conclusion, si toute l'activité est (formelle, ou informellement ) "contrôlée" par l'évaluation, aussi l'apprentissage est par elle auto-regulée et par conséquent, l'aquisition de compétences de l'apprentissage semble indissociable du devéloppement des compétences de l'évaluation. Effectivement, c'est en pensant l'évaluation (ou ence qui concerne) que les éléves pensent l'apprentissage ( ce qu'ils doivent réaliser et produire). Si nous nous mettons à la place de l'élève, devélopper son autonomie dans l'apprentissage impliquera son emancipation dans le cadre de l'évaluation et cela exige son implication ( ou la totale participation) dans le procès d'évaluation ( formative). Évaluer pour apprendre, requiert apprendre pour évaluer.
Descrição: Tese de mestrado, Ciências da Educação (Avaliação em Educação), Universidade de Lisboa, Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação, 2008
URI: http://hdl.handle.net/10451/35811
Designação: Mestrado em Ciências da Educação
Aparece nas colecções:FPCE - Dissertações de Mestrado

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