Utilize este identificador para referenciar este registo: http://hdl.handle.net/10451/30279
Título: A mentira na adolescência : reconhecimento e avaliação no contexto português
Autor: Martins, M.
Orientador: Carvalho, Carolina, 1960-
Palavras-chave: Teses de doutoramento - 2017
Data de Defesa: 2017
Resumo: A presente investigação destaca a relevância do reconhecimento, por parte do agente educativo, dos contextos promotores de mentira durante a adolescência. Vários estudos têm focado a questão da mentira na perspetiva da Psicologia mas poucos têm abordado a questão do ponto de vista do educador ou explorado especificamente a incidência desse fenómeno no período da adolescência. Assim, no âmbito da Psicologia da Educação, desenvolveu se um trabalho de reconhecimento e interpretação dos principais alvos, conteúdos e motivações da mentira dos adolescentes portugueses, com vista ao delinear de estratégias de intervenção na ação educativa que permitam contribuir para a mitigação deste problema, que se revela um obstáculo ao estabelecimento de relações saudáveis entre pares e com o adulto, culminando com frequência em consequências danosas também para o próprio adolescente. A investigação compreende duas etapas consequentes: a primeira consiste no estudo de desenvolvimento e validação do Instrumento de Avaliação da Mentira na Adolescência (IAMA); a segunda, na administração do referido instrumento a uma amostra nacional representativa da população (constituída por 871 adolescentes, 381 rapazes (43.74%) e 490 raparigas (56.26%) com idades compreendidas entre os 12 e os 18 anos (X=13.8; SD=1.6), sendo 543 frequentadores do 7ºano (62.34%) e 328 do 10ºano (37.66%) de escolaridade de instituições de ensino públicas, aleatoriamente selecionadas num processo de estratificação multi-etapa ao nível das regiões NUTS II de Portugal continental), com o intuito de reconhecer as respetivas conceções de mentira – a quem mentem, sobre o que mentem, porque mentem – em função de variáveis como a idade, o género, o capital sociocultural e os estilos educativos parentais, considerados na literatura como influentes no processo. Formularam-se hipóteses de investigação relativas à inexistência de diferenças estatisticamente significativas em cada uma das conceções entre as variáveis consideradas, as quais se testaram por meio de análises estatísticas adequadas, recorrendo-se ao programa SPSS Amos 22.0. Os resultados revelaram a existência de diferenças estatisticamente significativas na maioria das conceções estudadas relativamente à idade, ao género e ao estilo educativo parental, mas não relativamente ao capital sociocultural, sustentando as teorias que apontam a influência dos contextos pessoais e familiares no recurso à mentira e permitindo o ensaio de conclusões e implicações do estudo tanto para a investigação como para a prática educativa.
The present investigation highlights the relevance of the recognition, by the educational agent, of the contexts that promote lying during adolescence. Several studies have focused on the issue of lies and deception in the perspective of Psychology but few have approached the issue from the point of view of the educator or specifically explored the incidence of this phenomenon in the adolescence. Thus, within the scope of Educational Psychology, this work was developed to recognize and interpret the main targets, contents and motivations of Portuguese teenagers’ lies, in order to delineate intervention strategies in educational action that contribute to the mitigation of this problem, which is an obstacle to establishing healthy relationships between peers and the adult, often leading to harmful consequences for the adolescent himself. The research contains two consequent stages: the first consists of the study of development and validation of the Instrumento de Avaliação de Mentira na Adolescência (IAMA) (Instrument of Assessment of Lie in Adolescence); the second, in administering the same instrument to a representative national sample of the population (consisting of 871 adolescents, 381 boys (43.74%) and 490 girls (56.26%) aged 12 to 18 years (X = 13.8; SD = 1.6), of which 543 were in the 7th grade (62.34%) and 328 in the 10th grade (37.66%) of public education institutions, randomly selected in a multi-step stratification process in the NUTS II regions of mainland Portugal), with the aim of recognizing their conceptions of lie - to whom they lie, about what they lie, why they lie – according to variables such as age, gender, sociocultural capital and parental educational styles, considered in the literature as influential in the process. We formulated hypotheses of investigation regarding the absence of statistically significant differences in each of the conceptions between the considered variables, which were tested with adequate statistical analysis, using the program SPSS Amos 22.0. The results revealed the existence of statistically significant differences in the majority of conceptions studied regarding age, gender and parental educational style, but not with respect to sociocultural capital, supporting the theories that points to the influence of personal and family contexts on recourse to deception and allowing the essay of conclusions and implications of the study for both research and educational practice.
Descrição: Tese de doutoramento, Educação (Psicologia da Educação), Universidade de Lisboa, Instituto de Educação, 2017
URI: http://hdl.handle.net/10451/30279
Designação: Doutoramento em Educação
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