Influência do padrão craniofacial vertical na atratividade da face

Abstract

Introdução: A atratividade facial de um indivíduo condiciona a sua autoestima, com impacto no seu sucesso pessoal e social. O padrão facial vertical é uma dessas características, que por ter influência no desenvolvimento sagital e poder ser alterada pelo tratamento ortodôntico e pela cirurgia ortognática, tem sido alvo de investigação, com o objetivo de desenvolver planos tratamento adequados. Desta forma, este estudo procurou determinar a relação entre a dimensão vertical da face medida em telerradiografias de perfil e a atratividade da face avaliada de frente em repouso, de frente a sorrir e de perfil. Materiais e Métodos: A atratividade da face de 24 indivíduos adultos antes do tratamento ortodôntico com diferentes padrões craniofaciais verticais, vistos de frente em repouso, de frente a sorrir e de perfil, foi avaliada por 16 leigos, através de uma Escala Visual Analógica (EVA). Foi avaliada a existência de uma correlação não lineares entre as medições da atratividade e as medições cefalométricas, para um nível de significância de 0,01. Resultados e Discussão: Não se observou nenhuma correlação significada entre as diversas variáveis cefalométricas e a atratividade. Este achado poderá dever-se ao pequeno tamanho da amostra que não permitiu incluir pacientes com padrões verticais extremos. Houve, contudo, uma tendência próxima de significativa para haver uma correlação não linear, entre a atratividade da face em repouso e os ângulos ANB e SNA; a face a sorrir e SNA, SNB e NSGn; e entre a face de perfil e SNB e a convexidade facial. Conclusões: As hipóteses nulas foram aceites, não se encontrando correlações entre a atratividade da face em diferentes vistas e as variáveis cefalométricas. Mais estudos deverão ser realizados por forma a ultrapassar as limitações deste estudo e, assim, obter resultados mais representativos da população.

Introduction: An individual's facial attractiveness influences their self-esteem, impacting their personal and social success. The vertical facial pattern is one of these characteristics, which, due to its influence on sagittal development and its change with orthodontic and orthognathic approaches, has been a focus of research to develop appropriate treatment plans. Therefore, the goal of this study was to determine the relationship between the vertical dimension of the face measured on a lateral cephalometric radiograph and the attractiveness of the face evaluated from three photographs, with the frontal at rest, the frontal smiling, and the profile views.

Materials and Methods: The facial attractiveness of 24 adults before orthodontic treatment with different vertical craniofacial patterns, seen from the frontal at rest, frontal smiling, and profile views, was evaluated by 16 lay people, using a Visual Analog Scale (VAS). The correlations with the measurements from cephalometric analysis were analysed, through a non- linear correlation model, with a level of significance of 0,01.

Results and Discussion: No correlation was observed between the various cephalometric variables and attractiveness. This outcome may be due to the small sample size, which did not allow for the study of extremes of vertical. However, there was a near-significant trend for a non-linear correlation between the attractiveness of the face at rest and the ANB and SNA angles; the smiling face with SNA, SNB, and NSGn; and between the profile face attractiveness and the angle SNB and the facial convexity.

Conclusion: The null hypotheses were accepted, not having been found correlation between the attractiveness of the different facial views and the cephalometric variables. Further studies should be conducted to overcome the limitations of this study and thus obtain results more representative of the population.