Name: | Description: | Size: | Format: | |
---|---|---|---|---|
332.72 KB | Adobe PDF |
Advisor(s)
Abstract(s)
Nas memórias de viagem ficam as searas ponteadas de
vermelho, os pomares de macieiras e de pereiras em flor
com verdes tapetes, as vinhas alinhadas cheias de flores
brancas, os campos coloridos com amarelos e azuis.
Ficam as recordações de férias na aldeia, com as bordas
de caminho cheias de funcho com caracóis. Ficam as
calçadas da minha rua, pisadas vezes sem conta onde
a erva teima em crescer. Todas estas plantas têm uma
coisa em comum: a ação do Homem, com a consequente
nitrofilia que esta proporciona. Formam um tipo de
vegetação a que chamamos ruderal ou arvense. Sendo
um tipo de vegetação azonal, a sua composição varia
muito com o tipo de utilização que se dá aos campos,
mas também com a textura do solo, com o seu pH, com a
exposição, com o que designamos por condições edáficas
e climáticas. A mobilização do solo favorece a vegetação
anual, constituída por plantas que completam num
ano o seu ciclo de vida (terófitos); reúnem-se na classe
Stellarietea mediae (Figura 1). A ausência de mobilização
favorece o desenvolvimento de hemicriptófitos, plantas
que passam o inverno em forma de roseta de folhas, com
as gemas à superfície da terra, e que se reúnem na classe
Artemisietea vulgaris. Nos caminhos desenvolve-se uma
vegetação rasteira, adaptada ao pisoteio, que se inclui na
classe Polygono-Poetea annua (Espírito-Santo et al., 2017).
Será principalmente sobre estas três classes de vegetação
que falará este capítulo.
Description
Keywords
vegetação ruderal culturas stellarietea mediae artemisietea vulgaris polygono-poetea annua