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Inundações na area metropolitana de Lisboa : danos humanos e materiais e componentes de risco

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Esta dissertação tem como tema central as inundações na Área Metropolitana de Lisboa (AML), uma região afectada frequentemente por este tipo de fenómenos naturais. A elevada densidade populacional e do edificado tem-se traduzido, ao longo das últimas décadas, em elevados danos humanos e materiais causados por cheias progressivas, cheias rápidas e inundações urbanas. A posição geográfica, as características naturais das bacias hidrográficas, a extensão das áreas edificadas e a ocupação indevida de leitos de cheia favoreceram a maior concentração de ocorrências na AML Norte. Os danos humanos causados por inundações foram avaliados com recurso à base de dados DISASTER. No período 1865-2010, registaram-se 131 eventos, 396 ocorrências, 544 mortes, 3428 evacuados, 5973 desalojados e 9945 pessoas afectadas na AML. Esta região registou 24% das ocorrências, 54% das mortes e 18% dos afectados em Portugal continental. Os eventos extremos de precipitação de 1967, 1983 e 2008 contabilizaram 26% das ocorrências, 86% das mortes e 51% dos afectados na AML. As cheias rápidas foram o tipo de inundação mais importante durante o período estudado (51% das ocorrências e 61% das mortes). Os danos materiais, estimados a partir da base de dados da APS (Associação Portuguesa de Seguradores), mostraram um domínio das inundações urbanas no século XXI, quer estejam relacionadas (FREN) ou não (FUNN) com a rede de drenagem natural. No período 2000-2011, a AML registou 3676 sinistros e 13.410.434€ em indemnizações, 18% e 21% do total nacional, respectivamente. Os sinistros APS revelaram uma dependência notória relativamente às áreas edificadas e uma relação pouco significativa com a precipitação. Contudo, precipitações horárias superiores a 10,5 mm na estação de São Julião do Tojal originaram sempre pelo menos um sinistro APS num raio de 10 km. O evento de 2008 registou 24% do total de sinistros APS e 40% das indemnizações da AML. Durante este evento, a AML apresentou um comportamento mais natural, aumentando a importância dos sinistros APS ao longo dos fundos de vale (FREN). As FUNN foram mais frequentes na AML (59% dos sinistros APS), mas as FREN geraram maiores danos materiais (50% das indemnizações), confirmando o maior potencial destruidor, acentuado durante eventos com maior magnitude. As componentes do risco foram avaliadas para a bacia hidrográfica de Barcarena. Apesar de algumas das características físicas não favorecerem o desenvolvimento de cheias rápidas, existe um importante historial de ocorrências e consequências. O troço que se inicia a montante da confluência entre as ribeiras de Massamá e de Barcarena e termina junto à Fábrica da Pólvora foi identificado como o mais crítico. Foram delimitadas as áreas inundáveis para diferentes períodos de retorno e estimadas as alturas de água e velocidades do escoamento através da modelação hidráulica. Foram identificados 26 edifícios expostos com funções habitacionais, industriais ou institucionais. A vulnerabilidade estrutural foi avaliada através de uma metodologia com base em indicadores relativos às características físicas dos edifícios (vulnerabilidade intrínseca) e à magnitude das cheias. O produto da vulnerabilidade estrutural pelo valor económico dos edifícios expostos resultou na estimativa dos danos potenciais para cada edifício, permitindo a quantificação do risco (potencial).

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cheias rápidas inundações urbanas danos humanos e materiais componentes do risco Área Metropolitana de Lisboa

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