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Abstract(s)
O sítio arqueológico de Porto Torrão foi descoberto em 1981, ano em que se realizaram as primeiras recolhas
de superfície, parte das quais levada a cabo de forma sistemática sob a direcção de J.M. Arnaud. Estes trabalhos
permitiram concluir pela impressionante extensão do sítio e pela abundância e variedade de vestígios arqueológicos,
entre os quais se salientavam a cerâmica campaniforme e alguns objectos votivos de calcário. Alguns destes artefactos,
encontrados junto à Ribeira de Vale d’Ouro, que atravessa o sítio, poderão indiciar a presença de sepulcros nesse local
(Arnaud, 1984-88). A extensão do sítio – de início calculada em 50 ha e ulteriormente corrigida para 75-100 ha – e a
estimativa de que comportaria 1500-1000 habitantes foram factores que permitiram colocar o Porto Torrão entre os
maiores povoados calcolíticos do Sudoeste peninsular e, logo, concluir pela presença no Porto Torrão de uma sociedade
hierarquizada em época calcolítica (Arnaud, 1982). As escavações de 1982 e 1985, compreendendo uma área total de
34 m2
aberta junto a uma elevação no centro do sítio, permitiram, por seu lado, observar a sequência estratigrá:ca local,
detectar estruturas antrópicas (todas em positivo), numerosos artefactos (em cerâmica, osso, metal e pedra) e restos
faunísticos, tendo-se nesta fase obtido também cinco datações de radiocarbono para a sequência identi:cada (Arnaud,
1993). Um projecto, então praticamente pioneiro na Arqueologia pré-histórica portuguesa, consistiu na caracterização
petrográ:ca e química de uma amostra de cerâmicas, cuja principal conclusão foi revelar que as peças campaniformes
teriam sido fabricadas localmente (Cabral et al., 1988), o que consistiu então numa contribuição importantíssima para
o debate em torno da origem das mesmas.
Description
Keywords
Pedagogical Context
Citation
Santos, R., Rebelo, P., Neto, N., Vieira, A., Rebuje, J., Rodrigues, F., & Carvalho, A. F. (2014). Intervenção arqueológica em Porto Torrão, Ferreira do Alentejo (2008-2010): Resultados preliminares e programa de estudos 4.º Colóquio de Arqueologia do Alqueva. O Plano de Rega (2002-2010). (pp. 74-82). Évora: EDIA / DRCALEN
