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- Análise e modelação espácio-temporal do mosquito vetor do dengue na ilha da MadeiraPublication . Santos, José Maurício Faria; Rocha, JorgeAtualmente, a dengue é um dos principais problemas globais de saúde. O principal vetor deste vírus é o Aedes aegypti, um mosquito de marcado comportamento sinantrópico, que, para além da dengue, é também um dos principais vetores de outras importantes arboviroses como a febre amarela, chikungunya e Zika. Na ilha da Madeira esta espécie foi detetada em 2005, tendo sido responsável por um surto de dengue que afetou a região em 2012 e 2013. Devido à sua importância médica, são vários os estudos que se têm realizado acerca da espécie na ilha, incluindo alguns referentes à sua incidência espacial. Todavia, não existe ainda uma representação espacialmente contínua da sua distribuição potencial. Neste sentido procedeu-se à criação de um modelo de distribuição potencial deste vetor para a ilha da Madeira. Para o efeito, foi utilizado um conjunto de dados baseados em levantamentos de campo referentes à presença da espécie na ilha e diversas variáveis consideradas relevantes na sua distribuição (fatores climáticos, sociodemográficos e de uso e ocupação do solo). Os resultados obtidos indicam uma probabilidade de adequabilidade mais elevada em diversos territórios localizados ao longo da faixa sul da ilha, destacando-se entre eles diversos locais que integram o Funchal e os seus concelhos vizinhos. Além do estudo da distribuição potencial da espécie, considerando que a dinâmica sazonal do vetor está associada às variações das condições térmicas e de pluviosidade, levando assim a que existam períodos onde a atividade vetorial é mais elevada, é também parte integrante deste trabalho o estudo das dinâmicas espácio-temporais do Ae. aegypti. Para isso, foram igualmente utilizados os dados respeitantes aos levamentos de campo, embora desta feita tomando em consideração o número de indivíduos encontrados e a data de cada levantamento. A variação espácio-temporal do número de indivíduos observados foi associada a um conjunto de variáveis tidas como relevantes na variação da sazonalidade da espécie. Os resultados alcançados permitem identificar que as mudanças das condições meteorológicas são determinantes na variabilidade das abundâncias do mosquito, sendo a precipitação acumulada de 3 semanas e a temperatura acumulada de uma semana umas das condicionantes que mais determinam essa variação.