Departamento de Morfologia e Função
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- Disfunção cognitiva canina : perceção dos detentores e a sua repercussão no desfecho clínicoPublication . Costa, Ana Dixo Pinto Machado; Rosa, Ilda Maria Neto Gomes; Torres, João Pinheiro, tutorA disfunção cognitiva canina (DCC) provoca profundas alterações a nível cerebral 7 com graves consequências no bem-estar do animal e na relação estabelecida com o 8 detentor. Embora não exista ainda cura, sabe-se que o tratamento, realizado numa fase 9 precoce, permite atrasar a progressão da doença e, por vezes, melhorar o quadro clínico do 10 animal. Apesar do aumento generalizado dos cuidados prestados aos animais, a DCC 11 continua a ser gravemente subdiagnosticada, de acordo com a literatura. Questiona-se, 12 então, o papel do desconhecimento (desinformação) e incompreensão da doença por parte 13 dos detentores na falha de diagnóstico observada. Realizou-se um inquérito por questionário 14 com 272 respostas, e constatou-se que apenas cerca de 24% da amostra, já teria ouvido 15 falar da doença. Esta informação sobre a DCC proveio mais vezes da internet e outros 16 detentores (em 20 casos), do que de um médico veterinário (em 18 casos). Destaca-se 17 também que, alguns respondentes pertencentes à área médico veterinária, desconheciam a 18 DCC. Verificou-se ainda que o conhecimento sobre a doença, não facilitou no geral a 19 distinção entre sinais de DCC e do normal processo de envelhecimento, pelo que, se 20 depreende que a informação transmitida não é suficiente/adequada. Já ter tido cães, 21 também não beneficiou os respondentes que desvalorizaram mais vezes os sinais clínicos 22 de DCC. A agressividade perante os membros da casa foi o maior fator de procura por 23 atenção veterinária, seguido de desorientação e circling. As respostas, de ambos os 24 géneros, idades e profissão/formação foram muito homogéneas, diferindo relativamente à 25 desorientação (as mulheres procurariam mais vezes assistência médica) e no caso de 26 house soiling e resposta a comandos (os jovens tiveram maiores dificuldades em 27 reconhecer os sinais de doença). Na maioria das questões, os respondentes preferiram 28 referir o assunto numa próxima consulta, não marcando uma no imediato, levando ao 29 arrastar da situação do animal e podendo culminar no esquecimento ou habituação. 30 Demonstra-se assim a necessidade urgente de modificar este paradigma, aumentando a 31 informação divulgada sobre a doença junto dos médicos veterinários e, sobretudo dos 32 detentores permitindo-se oferecer aos animais um diagnóstico e tratamento adequado e 33 atempado.