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- Osteossarcoma apendicular em canídeos: alterações no metabolismo de carbohidratosPublication . Costa, Hugo José Godinho Abrantes Coimbra e; Ferreira, António José de Almeida; Vicente, Gonçalo Eduardo VítorO osteossarcoma é a neoplasia primária do tecido ósseo mais frequente em canídeos, correspondendo a 85% de afecções com origem no esqueleto nesta espécie. Os factores de risco não se encontram ainda totalmente esclarecidos, contudo várias causas poderão estar envolvidas (factores físicos e genéticos, influência hormonal). Classicamente afecta animais de raça grande a gigante, maioritariamente canídeos machos de meia-idade. A localização da neoplasia no esqueleto apendicular é referida com maior incidência nos membros torácicos (extremidade distal do rádio e extremidade proximal do úmero), ocorrendo com menor frequência nos membros pélvicos. Estes animais apresentam-se geralmente com claudicação aguda ou crónica associada à tumefacção da região, podendo estar presente atrofia muscular ou fractura patológica. Os diagnósticos diferenciais possíveis incluem outras neoplasias primárias do tecido ósseo (fibrossarcoma, condrossarcoma) metástases tumorais, lesões ósseas quísticas e osteomielite bacteriana ou fúngica. O diagnóstico presuntivo de neoplasia óssea pode ser obtido com a realização de exame radiográfico da lesão. A tomografia axial computorizada e ressonância magnética são úteis na avaliação da extensão da neoplasia no tecido ósseo e envolvimento de tecidos moles, no entanto o diagnóstico definitivo só pode ser obtido por biopsia e exame histopatológico. O estadiamento permite determinar o comportamento biológico da neoplasia, constituindo um critério importante na escolha da opção terapêutica, embora a sua utilização como factor de prognóstico não seja amplamente aceite como tendo valor prognóstico. O maneio terapêutico ideal no osteossarcoma inclui o controlo da neoplasia local (amputação, cirurgia de conservação de membro e radioterapia com fins curativos) assim como terapêutica direccionada à doença metastática (quimioterapia, terapêutica imunomodeladora e novas terapêuticas moleculares). A terapêutica paliativa (radioterapia paliativa, analgesia farmacológica) é indicada em animais com evidência clínica de doença metastática. Se nenhuma terapêutica fôr instituída, o prognóstico é reservado a fatal, e um número inferior a 5% de animais sobrevive até um ano após o diagnóstico da neoplasia. Diversos indicadores de prognóstico foram identificados no osteossarcoma. Os mais importantes incluem a presença de metástases ao momento do diagnóstico, níveis séricos de fosfatase alcalina, o estadiamento histológico de acordo com alguns autores, densidade vascular e excisão completa da neoplasia com amplas margens cirúrgicas. Por vezes estes pacientes exibem alterações metabólicas, em particular no metabolismo de carbohidratos, que podem contribuir para um estado de má-nutrição e caquexia. A não reversão destas alterações em canídeos sujeitos à excisão da neoplasia primária, sugere que poderá ser necessário a intervenção terapêutica para assegurar a qualidade de vida e a resposta ao tratamento adequada nestes pacientes