Departamento de Clínica
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Browsing Departamento de Clínica by Author "Abreu, Isabel Maria Pilar de"
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- Concordância entre a ecografia e a tomografia computorizada na caracterização de comunicações vasculares portossitémicas congénitas extra-hepáticas em cãesPublication . Abreu, Isabel Maria Pilar de; Ferreira, Rui Domingos da Mata Lemos; Ferreira, António José de AlmeidaA angiografia por tomografia computorizada (angioTC) é o método de eleição no diagnóstico de comunicações vasculares portossistémicas congénitas extra-hepáticas (CVPCEH), mas a ecografia é frequentemente utilizada como primeira abordagem na sua identificação ou exclusão. O estudo presente nesta dissertação teve como objectivo avaliar a concordância entre as duas técnicas na caracterização das CVPCEH em cães. O estudo retrospetivo requereu cães com diagnóstico de CVPCEH e que tenham sido submetidos a uma ecografia e angioTC abdominais. Pelos relatórios dos exames realizados, comparou-se informação quanto à determinação do tipo de CVPCEH (simples vs. complexo), vaso de origem, de inserção, classificação e diâmetro máximo. Adicionalmente, avaliou-se a concordância na identificação de alterações concomitantes como a microhepatia, renomegália, urolitíase renal e vesical e outras malformações vasculares. Foram analisados relatórios de ecografia e de angioTC de 24 cães. A ecografia teve concordância forte na determinação do vaso de origem (92%; k=0,85), fraca na do vaso de inserção (50%; k=0,42) e classificação (50%; k=0,51) e não houve diferenças estatisticamente significativas das medições do diâmetro máximo entre as técnicas (P=0,124; r=-0,06). A ecografia identificou 100% das inserções das CVPCEH na veia cava caudal (VCC) pré hepática, contudo, verificou-se uma incapacidade de classificar as CVPCEH com inserção pós-hepática, tendo se estabelecido relação entre a incapacidade da ecografia classificar as CVPCEH e a posição pós-hepática das sua inserção (P<0,001). A concordância revelou-se mínima na determinação de microhepatia (71%; k=0,26) e fraca na de renomegália (71%; k=0,46), de urolitíase renal (71%; k=0,42) e vesical (75%; k=0,5), assim como na identificação de outras malformações vasculares (88%; k=0,53). A ecografia obteve concordância insatisfatória com a angioTC na caracterização de CVPCEH com inserções pós-hepáticas, uma vez que não é uma região passível de avaliação ecográfica. A concordância entre as técnicas foi muito satisfatória relativamente às CVPCEH com inserção na VCC pré-hepática. Concluiu-se que a ecografia é uma técnica que permite um diagnóstico completo de CVPCEH gastro-cava direita pré-hepáticas e gastro-cava esquerda pré-hepáticas